Aneel aprova reajuste médio de 2,02% nas tarifas da Copel Distribuição; medida passa a valer a partir de 24 de junho

Aneel aprova reajuste médio de 2,02% nas tarifas da Copel Distribuição; medida passa a valer a partir de 24 de junho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (18) um reajuste tarifário médio de 2,02% nas contas de energia elétrica dos consumidores atendidos pela Copel Distribuição, responsável pelo fornecimento de energia em grande parte do Paraná. O novo índice passa a vigorar a partir do dia 24 de junho de 2025, impactando cerca de 5,23 milhões de unidades consumidoras.

O cálculo do reajuste anual segue metodologia regulatória da Aneel, que leva em conta uma série de fatores técnicos, econômicos e financeiros. Os principais componentes que influenciaram o índice deste ano são conhecidos como Parcela A e Parcela B, mecanismos que detalham o custo real da operação de distribuição.

Principais fatores que compõem o reajuste

A Parcela A, que representa os custos da distribuidora com compra de energia, transporte e encargos setoriais, teve um impacto positivo de 4,30% no reajuste. Segundo a Copel, o principal fator de pressão nessa parcela foi o aumento de 5,79% nos encargos setoriais, com destaque para a elevação da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo federal que financia políticas públicas do setor elétrico. Em contrapartida, os custos com o transporte da energia apresentaram uma redução de 2,46%, o que ajudou a suavizar parte do aumento.

Já a Parcela B, que engloba os custos operacionais da Copel, remuneração de investimentos, depreciação de ativos e manutenção da infraestrutura, teve impacto de 1,27%. O cálculo dessa parcela considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 5,44%, além do chamado Fator X, um redutor de -0,03% estabelecido pela Aneel com o objetivo de estimular eficiência nas distribuidoras.

Além desses fatores, o reajuste também reflete a devolução de aproximadamente R$ 864,5 milhões relacionados a créditos tributários de PIS/Cofins, provenientes de decisões judiciais favoráveis aos consumidores. Segundo a Aneel, esse volume de recursos foi fundamental para mitigar o impacto total que o reajuste teria sobre as tarifas.

Impacto por tipo de consumidor

O efeito do reajuste será sentido de forma diferenciada entre os consumidores:

Para clientes de alta tensão – grupo que inclui grandes indústrias e comércios de grande porte – o aumento médio será de 2,99%.

Já para os consumidores de baixa tensão, categoria onde estão incluídos residências, pequenos comércios, área rural e serviços públicos como a iluminação, o reajuste médio será de 1,55%.

Contexto setorial

O reajuste anual das tarifas é um procedimento regulatório previsto nos contratos de concessão de energia elétrica e ocorre com todas as distribuidoras do país. O objetivo é garantir o equilíbrio econômico-financeiro do serviço, permitindo que as concessionárias mantenham investimentos em manutenção, ampliação e modernização das redes de distribuição.

Especialistas do setor apontam que, embora o índice de 2025 seja considerado relativamente baixo em comparação a reajustes anteriores, o aumento pode gerar impacto no orçamento das famílias paranaenses, principalmente em um cenário de recuperação econômica e inflação acumulada.

A Copel Distribuição reforçou, por meio de comunicado oficial, que os consumidores podem adotar medidas de eficiência energética para reduzir o consumo e amenizar os efeitos do reajuste nas contas de luz.

Administrativo RPN

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